Hospital Municipal do Tatuapé é alvo de reclamações por pacientes

Casos de pronto atendimento e emergência são transferidos de hospitais de  outras regiões

Pacientes esperam atendimento por horas nos corredores do Hospital Municipal do Tatuapé – Dr. Cármino Caricchio, as pessoas que precisam de atendimento de emergência são submetidas a longas esperas, em até 24h, em macas improvisadas como leito pelos corredores para consultas e exames.

O hospital municipal Tatuapé localizado na avenida Celso Garcia, um dos mais lotados da cidade de SP, não têm estrutura para atender a demanda emergencial, aponta o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O hospital Municipal do Tatuapé sofre com falta de médicos, enfermeiros, leitos, medicamentos, suprimentos para emergências, a unidade atende casos de acidentes de trânsito, dimesticos e queimados. A queixa é geral para quem precisa fazer curativos.
As longas esperas para exames, atendimentos quando o paciente apresenta risco de vida, problemas na infraestrutura, fazem do hospital municipal do Tatuapé um dos mais lotados da cidade de São Paulo que não tem estrutura para atender a demanda de pacientes, segundo relatório do TCE.
Entidades do setor hospitalar, como o Conselho Municipal de Saúde, afirmam que é um problema crônico e que afeta diariamente a população mais carente que, dependente do atendimento público, enfrenta longas filas, número insuficiente de enfermeiros e médicos, falta de equipamentos e até de itens básicos de higiene, como papel higiênico.
Funcionários dizem que as macas das ambulâncias do SAMU geralmente são transformadas em leitos. E sem o equipamento, as ambulâncias ficam paradas, o que implica no atendimento emergencial de vítimas em qualquer parte da cidade. A situação, entretanto, não é um fato isolado.
Relatos de pacientes ou acompanhantes colocam o descaso com a população sem atendimento nos corredores com as macas que se transformam em leitos, dos pacientes que esperam horas para conseguir atendimento médico em hospitais municipais lotados da cidade de SP.
Esse é o caso do paciente filho da amiga da Edileuta que aceitou falar com nossa reportagem. Diante das várias reclamações da população sobre falta de leitos, médicos, enfermeiro, insumos e materiais, perguntamos se ela teve problemas no atendimento do hospital Tatuapé. Ela acompanhava a mãe para uma consulta e na saída respondeu: “A minha amiga, ela tem. O filho dela está no quarto andar entubado e não tem fisioterapeuta para ele no fim de semana, só na semana, no final de semana eles abandonam fisioterapeuta respiratória, né? Eu falei para ela ir na ouvidoria fazer reclamação. Ai mandaram fisioterapeuta aí. Só que tem que ver se chegar no final de semana vai ter, né? Ouvi dizer que tá tendo até muita infecção generalizada aí.”
Nas imagens, várias ambulâncias no estacionamento revelam que não há tantos atendimentos emergenciais. Segundo os usuários para conseguir chegar no hospital apenas com táxi ou carro particular.
A Secretaria Municipal da Saúde respondeu que não recebeu o relatório do TCE. Disse ainda que o hospital opera com os equipamentos que foi contemplado e que são a retaguarda da urgência e emergência, de acordo com a complexidade das UPAs e AMAs.
A SME ressaltou que os casos mais graves são direcionados como transferência pelo SAMU das Upas, e que o hospital é referência para atendimento de primeiros socorros graves por acidentes domésticos, de trânsito e queimaduras.

Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde (SME)
Imagens: Márcia Brasil e redes sociais

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