Biblioteca Carolina Maria de Jesus traz programação especial no ‘Março Mulher 2024’

Durante o mês de março, em celebração ao Dia Internacional das Mulheres, a Biblioteca Carolina Maria de Jesus promove uma série de atividades voltadas para o empoderamento, o bem-estar e a valorização das mulheres em diferentes fases da vida.
Na programação do ‘Março Mulher’, os encontros proporcionarão trocas do mundo da diversidade de cada mulher, como as experiências, sonhos e expectativas. São temas como o empoderamento feminino, trabalho, liberdade, empreendedorismo, inclusão, saúde mental, família, cuidados com a beleza e o bem estar.
A biblioteca realiza atividades culturais e educacionais, mas não atrai o público que frequenta o CEU Carrão à iniciação da leitura em qualquer idade.
Dinorá participa das atividades na Biblioteca Carolina Maria de Jesus, mas diz que tem preguiça, não gosta de ler.
“Eu para ser sincera tenho preguiça de ler, minha sobrinha que gosta de ler. Ah! Levaria sim, mas só que ela não mora comigo, mora no interior. Na verdade eu que eu não leio muito, só isso “.
A Biblioteca Carolina Maria de Jesus ganhou o mesmo nome da patrona homenageada com o seu nome no CEU Carrão. Carolina foi uma referência das mulheres que lutam por inclusão e acesso à educação, direitos, e à cultura mesmo em condições de extrema vulnerabilidade, como foi sua vida Carolina foi gerada e destruída pela indústria cultural em curto espaço de tempo.
Escreveu livros de memória e poesia. Em vida publicou Casa de alvenaria (1961), Pedaços da fome e Provérbios (1963), além de Quarto de despejo (1960). Após seu falecimento foram publicados: Um Brasil para os brasileiros (1982), Diário de  Bitita (1986), Meu estranho diário e Antologia pessoal (1996).
Carolina Maria de Jesus nasceu em 1904 em Sacramento (MG) e se mudou para a zona norte de São Paulo, onde viveu por anos na extinta Favela do Canindé, importante da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus.
Sua obra de maior popularidade, Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada (1960), vendeu mais de 1 milhão de cópias e foi publicado em mais de 40 países. O livro conta o dia a dia de luta de Carolina Maria de Jesus para manter a família, com três filhos, na Comunidade do Canindé, em São Paulo.

Uma das filhas de Carolina, Vera Eunice de Jesus, é professora e integra um conselho editorial responsável por reunir as obras da autora. Vera apontou as dificuldade da mãe quando “o livro Quarto de Despejo completos 60 anos, e lamentou que o problema no Brasil continua, que é um livro atual, e será atual, por muito tempo”.
As bibliotecas dos Ceus enfrentaram falta de apoio e verbas. Em 2023, audiência realizada por pressão dos munícipes e trabalhadores cobravam melhorias nos 12 CEUs administrados pela Prefeitura em parceria com uma entidade A gestão de 12 CEUs (Centros Educacionais Unificados) da capital paulista foi tema de Audiência Pública da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa) Desde 2021, a administração destas unidades é feita por uma parceria entre a Prefeitura e o Instituto Baccarelli, uma Organização da Sociedade Civil.
Integrante do colegiado e autor do documento que solicitou o debate, o vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL) presidiu os trabalhos. De acordo com ele, a audiência teve como objetivo cobrar do Executivo informações referentes   estrutura e à administração dos centros educacionais. Vespoli também pediu mais transparência na prestação de contas da entidade.
“O Instituto reapresentou as contas do primeiro semestre, que equivalem a R$ 4,6 milhões e estavam sem notas fiscais. Reapresentou agora na segunda apresentação das contas”, disse o Professor Toninho Vespoli. “Só não apresentou ainda R$ 1,3 milhão das notas fiscais do segundo semestre”.
O parlamentar lamentou a ausência de representantes da Secretaria Municipal de Educação e do Instituto Baccarelli na audiência. Ele explicou ainda que  protocolou um documento no Ministério Público e no TCM-SP (Tribunal de Contas do Município de São Paulo) pedindo providências.
“Eu abri um requerimento tanto no Ministério Público como no Tribunal de Contas do Município. O material daqui (da audiência) será levado para esses dois órgãos para complementar a nossa representação”, falou Vespoli.
Presidente do SinBiesp (Sindicato dos Bibliotecários do Estado de São Paulo), Vera Lucia Stefanov defendeu a categoria. “Não seguem a convenção coletiva de trabalho dos bibliotecários”. Vera entende que é preciso buscar a Justiça. “Proponho uma ação coletiva trabalhista”.

Serviço

Biblioteca Carolina Maria de Jesus
CEU Carrão Carolina Maria de Jesus
Rua Monte Serrat, 380, Tatuapé
Para mais informações, acesse a programação da biblioteca no site da Secretaria
Municipal da Cultura

Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Secretaria Municipal da Cultura / Câmara Municipal São Paulo
Imagens: Márcia Brasil e redes sociais

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