Região do Aricanduva é tomada por lixo e entulho que podem piorar casos de dengue.
A Subprefeitura de Aricanduva, Carrão e Vila Formosa em parceria com a Secretária Municipal da Saúde utiliza drones para detectar focos e combater larvas e mosquitos.
A ação foi programada por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), com apoio de um drone para aplicação de larvicida em locais fechados ou terrenos de difícil acesso, que podem ter criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.
O equipamento sobrevoou um posto de gasolina desativado e aplicou uma lâmina do larvicida, onde é possível ter focos de água parada. O objetivo é adaptar a tecnologia do drone utilizada no agronegócio para o ambiente urbano, algo inédito que pode ser mais uma ferramenta no combate à dengue na capital.
Fátima acha importante que a prefeitura dê um fim nos lixos, ela lamenta que a
população não colabora e a sujeira fica nos mesmos locais por semanas. Ela e outros pedestres utilizam a via juntos aos carros, por conta dos entulhos despejados nas calçadas.
“Intransitável, fica difícil para passar, de a pé, claro, para atravessar aqui, oh! E outra, essa ponte é uma vergonha, já é ruim, olha como é que é! “
A Subprefeitura informa que realiza serviço de zeladoria com varrição, limpeza e cata bagulho, mas durante à noite, pessoas e caminhões despejam lixo nos chamados pontos viciados, locais com frequência de descarte irregular e propícios para criadouros de larvas e focos de propagação do mosquito da dengue.
O alerta sobre o aumento de 188 casos de pessoas infectadas na região de Itaquera, ao lado do rio Aricanduva, colocou a cidade de São Paulo em plano emergencial e a prefeitura realizou um mutirão, por conta do quadro de surtos da dengue.
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) organizou uma ação promovida pela prefeitura do Dia D de combate à dengue.
No dia 03 de Janeiro, sábado, 471 UBSs da cidade ficaram abertas para testagem e 10 mil agentes foram para as ruas, com reforço em Itaquera, para visitar as casas, após a cidade bater recorde histórico de 1800 casos de dengue em janeiro.
Nas três primeiras semanas de 2024, a capital registrou quatro vezes mais casos
confirmados da doença, na comparação com o mesmo período de 2023. Só na cidade de São Paulo o número cresceu em 305%.
Para frear o avanço da doença, gestões estaduais e municipais em todo o país
passaram a adotar medidas emergenciais de prevenção enquanto ainda não dispõem da vacina contra a dengue, como intensificação de mutirões de limpeza e fumacê, tendas improvisadas de atendimento aos doentes e campanhas de incentivo ao combate.
O Ministério da Saúde programou para a vacinação contra a dengue o público-alvo nesse primeiro momento crianças e adolescentes de 10 e 11 anos, a partir deste mês de fevereiro. Foram selecionadas cidades de mais de 100 mil habitantes com alta transmissão, onde serão aplicadas as doses que dão conta de imunizar 3,2 milhões de pessoas neste ano.
A saúde de São Paulo enfatiza que qualquer local com água limpa e parada acumulada pode ser um potencial foco por meio do qual o mosquito consegue deixar ovos e se reproduzir. Os locais mais comuns são caixas d`água, pneus, vasos de plantas, lajes e marquises.
A pasta orienta que a população pode solicitar vistoria de locais com água parada pelo portal 156. No site, a população pode ter acesso aos horários de coletas seletivas e procurar os endereços dos ecopontos mais próximos da residência ou empresa. Caso o munícipe for pego no flagrante, no descarte irregular de lixo, pode pagar multa de até R$ 30 mil.
Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Subprefeitura de Aricanduva, Carrão e Vila Formosa / Ministério da Saúde /Secretaria Municipal da Saúde
Imagens: Márcia Brasil e Subprefeitura de Aricanduva, Carrão e Vila Formosa
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