“Radialzinha” seria alternativa para reduzir percurso e oferecer segurança para quem utiliza a ciclofaixa radial leste

Ciclovia que não foi concluída poderia promover mais segurança para ciclistas

A rua Melo Peixoto, chamada de “radialzinha”, seria alternativa para muitos ciclistas, pois faria conexão a outras ciclovias do centro à Penha ou Zona Norte, pela marginal Tietê, o que reduziria o tempo e promoveria mais segurança para quem utiliza trecho da ciclofaixa radial leste.
A ciclofaixa radial leste é uma das principais rotas para os ciclistas que a utilizam
para o transporte, passeio e esporte, mas é insegura para a maioria, principalmente nos trechos entre os metrôs Carrão e Penha, por conta de assaltos.
Já a radialzinha, menor em sua extensão do que em relação a ciclofaixa radial leste, que conecta os bairros do Tatuapé e Itaquera, é pouco usada pelos ciclistas. A via não é atrativa para ciclistas da zona leste.
Além de não haver cuidado em toda extensão, com mato alto e lixo acumulado no
canteiro encostado por toda extensão do muro da linha da CPTM, ciclistas
reclamam da ciclovia que não conecta a outros trechos, a radialzinha finaliza no terminal da Penha, abaixo do viaduto Engenheiro Alberto Badra, entre a av. Aricanduva e rua Guaiauna.
De acordo com entidades cicloativistas, do Plano Cicloviário da Cidade de São Paulo, na atual gestão do atual prefeito Ricardo Nunes, as obras de extensão, de mais 173 km, estão paralisadas para ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, o que completaria quase 1000 km em toda a capital.
O ciclista Rubens atravessa a cidade de leste a oeste e sente falta da continuidade das obras. Morador na cidade Líder, o ciclista trabalha no Bom Retiro e pedala  em um dos comboios na radial com outros ciclistas, que encontraram apoio  contra os assaltos. Rubens segue uma rota longa em trajeto diário:
“Do Brás, Belém, eu fico do lado de cá da av Celso Garcia, paralela, não pego porque é perigoso. Então, se ela fosse de lá do Belém, do largo São José do Belém,
se ela fosse ali, eu pegaria ela ali, e ia embora! Não passaria na Faixa de Gaza, mas sabe o que acontece, ela acaba lá na rua Guaiauna, debaixo do viaduto, e ela acaba ali, aí você tem que entrar a direita ali, ligar ela e pegar o viaduto da Vila Matilde, pegaria a radial ali.”
A radialzinha foi projetada como alternativa para muitos, uma certa segurança  em trecho da ciclofaixa radial leste, escondida pelo viaduto e metrô Penha, onde há maior registro de assaltos a ciclistas nomeada como “Faixa de Gaza”, tanto a falta de segurança, manutenção, limpeza e conclusão das conexões das ciclovias e
ciclofaixas ficam a desejar para ambas, lamentam os ciclistas.
A rua Melo Peixoto ganhou visibilidade no plano cicloviário através de estudo,  ainda na gestão Covas/Dória, para implantação de trecho da ciclovia conectado à rua Padre Benedito de Camargo, no bairro da Penha. A via atenderia quem se desloca no bairro, sentido bairros de São Miguel e Cangaíba, e, também, na grande São Paulo, no alto do Tietê, como as cidades de Suzano, Poá e Ferraz de Vasconcelos.
A atual gestão prometeu continuidade das obras das ciclovias, mas nenhum  metro foi entregue por Nunes. A evidência quanto ao desprezo pelo modal cicloviário, é a prova de ciclovias que são apagadas para beneficiar moradores e comerciantes contrários ao modal.
As reclamações contra a gestão do prefeito são inúmeras, de acordo com as entidades e organizações cicloativistas, que denunciam o descaso à lei de trânsito por motoristas infratores que estacionam nas ciclovias e não respeitam as faixas
exclusivas para ciclistas.

Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: CET/ Subprefeitura Aricanduva, Carrão e Vila Formosa
Imagens: Márcia Brasil e redes sociais

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