Promessa da prefeitura para obras pluviais completará um ano

Enchente que atingiu a região de Arthur Alvim, próximo a estação Itaquera ao lado da Linha 11-Coral da CPTM, vai completar 1 ano com obras provisórias atrasadas e padaria saqueada.

Comerciantes que aguardam uma solução definitiva dizem que há descaso da prefeitura. O cenário é de obras paradas com medidas provisórias de contenção de bombeamento por máquinas que falham e não contém as enchentes.

Após o rompimento de uma galeria de águas pluviais, que provocou cratera sob os trilhos da Linha 11-Coral da CPTM entre as estações Itaquera e Tatuapé, no verãode 2022, a região de Arthur Alvim foi tomada por enchentes constantes, causando prejuízos há quase um ano.

Na época, a empresa contratada pela Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo (SIURB), segundo informou a CPTM, realizou concretagem no local. A obra prevista para 45 dias foi antecipada com urgência em quatro dias devido aos transtornos dos usuários com os atrasos dos trens.

A prefeitura prometeu obras nas galerias pluviais provisórias, que não aconteceram. Nos temporais que ocorreram desde a época, comerciantes e moradores lidam como descaso. As bombas instaladas para drenar água continuam no local e os comerciantes não reabriram as portas das lojas.

Everton, morador da região, diz que a bomba de drenagem falha e quando a chuva é mais intensa, a água bombeada retorna e volta a encher o local, atingindo as lojas, estacionamento de condomínios e impede a passagem de moradores e veículos. “Na verdade, só solucionou o problema que fizeram no metrô, que fecharam a obra, mas de alagamento continua a mesma coisa,” completou.

Os danos causados pelas enchentes fizeram com que comerciantes de banca de jornal, padaria, adega tivessem perda total. Seu Francisco não reabriu a banca de jornal, com 41 anos, após perda total. Ele relatou que nunca tinha visto enchente ali, quando a água subia um pouco, baixava logo.

Quem é da região conta que os alagamentos eram comuns, mas a água não subia muito e escoava mais rápido. Agora, as fortes chuvas provocam enchentes nas ruas, que pioraram desde 2021, deixam carros submersos, moradores sobem no telhado, com lama e destruição que invadem também condomínios de conjuntos habitacionais.

De acordo com a prefeitura, os prejuízos causados aos moradores e comerciantes da região de Artur Alvim, pelas chuvas dos últimos dias, seriam solucionados.

Segundo os comerciantes, tudo foi destruído pela enchente, materiais e estoque. Seu Evaldo da padaria e o Sr. Francisco da banca de jornal, relataram que foram até a subprefeitura para solicitar a indenização, até hoje não reabriram suas lojas, não voltaram ao local e não foram mais localizados.

A Prefeitura informa que em caso de alagamento e emergências de deslizamento, o munícipe acione o Corpo de Bombeiros no 193 ou Defesa Civil 199.

Fonte: Secretaria de Obras infraestrutura Urbana
Fotos: Márcia Brasil/ Prefeitura/ CPTM/ Metrô

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