ONG “UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES” trabalha levando acolhimento e doações para mulheres periféricas
Atualmente, o Brasil é o 5º país no ranking mundial do feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Só em 2021, foram 1350 assassinatos de mulheres, sendo que 61% deles foram negras e periféricas.
No mês de março, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher ao redor do Planeta, se faz muito necessária, a importância de refletir sobre a luta, emancipação, o alcance de direitos iguais, de melhores condições de trabalho e salários e fazer entender o papel da mulher na sociedade, sem que as diminuam ou subestimem.
Na Zona Leste de São Paulo, a ONG União Brasileira de Mulheres, atua há 6 anos em prol de mulheres que estão em vulnerabilidade social, com uma presença bem forte nas periferias da capital e que também levam educação e autoconhecimento para quem não tem oportunidade de buscar meios de levar uma vida digna.
A ONG também ajuda levando alimentos para essas mulheres que também sofrem com insegurança alimentar, saúde precária e violência doméstica. É o que nos conta a diretora da ONG, Claudia Rodrigues, de 50 anos.
“Na Zona Leste, temos um grupo bem atuante da União Brasileiro de Mulheres. A gente teve parcerias públicas e privadas na realização de algumas ações e com algumas UBS da região, na realização de exames e também para orientação em como as pessoas podem proceder com o atendimento. A União Brasileira de Mulheres existe há 6 anos e temos uma diretoria espalhada pela cidade e grupos na Zona Sul, Zona Norte, Centro e Zona Leste”
ONGS como essa são importantes para mulheres que não tem a liberdade financeira para sair de um relacionamento abusivo ou qualquer outro problema do qual não consegue ser resolvido, Claudia explica um pouco do trabalho do grupo:
“Costumamos dizer que a UBM é uma espécie de uma agregadora. Vamos acolhendo as mulheres nas regiões e temos o intuito de ajudar e empoderar outras mulheres. Então, começamos já a atuar na periferia com a ideia de levar o feminismo, o debate sobre o enfrentamento sobre a violência e apresentar toda uma estrutura que existe do poder público sobre o enfrentamento, os locais de acolhimento e atendimento. Esse é um pouco de nossas ações”.
Durante a pandemia do COVID-19, em meio a quarentena, houve o aumento de 288% de casos de violência doméstica em São Paulo, reacendendo um alerta na capital:“Durante a pandemia, tivemos mais atuações e com muito medo de pegar e levar o vírus. No isolamento, pensamos que se nossa prioridade é a mulher na periferia, de todos os perfis como: diaristas, manicures, autônomas, faxineiras e empregadas domésticas, essas foram as primeiras a ficarem sem emprego. Quando o desemprego acelerou e essas mulheres ficaram sem trabalho, nós tivemos que fazer um enfrentamento e ficamos na linha de frente. Nós conseguimos diversas parcerias e um site chamado Isolamento sem Fome, com arrecadações para adquirir cestas básicas. Participamos de um edital de Benfeitoria e fomos selecionadas. A cada 1 real de doação, o Benfeitoria transformava em 3 reais e arrecadamos cerca de 30.000 reais que foram distribuídos para essas mulheres”, conclui.
Claudia afirma que esses trabalhos devem ser de obrigação do Estado e acolher mais, mas entende que a UBM tem um papel importante na vida de mulheres, que também são chefes de família.
Para quem quiser conhecer mais o trabalho da UBM, basta curtir a página no Facebook: https://pt-br.facebook.com/ubmnacional/ e ficar por dentro das próximas ações que serão realizadas
REPORTAGEM POR CAROLINE ROSSETTO
A Central de Notícias da Rádio LIBERTAÇÃO é uma iniciativa do projeto: A Bíblia como um clássico da literatura mundial.
Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.