Feminicídio bate recorde no Brasil em 2022

Apesar da alta violência registrada em 2022, especialistas analisam queda em relação ao ano de 2017

O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher (misoginia e menosprezo pela condição feminina ou discriminação de gênero, fatores que também podem envolver violência sexual) ou em decorrência de violência doméstica.

Em 2006, no governo Lula, foi sancionada a lei 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, que alterou o Código Penal brasileiro. Mais tarde, a lei foi complementada, na qual incluía com mais vigor, qualificava o crime feminicídio como homicídio, com penas mais duras.

Casos diários divulgados na imprensa revelam dados alarmantes, pois milhares de vítimas aumentam uma triste estatística. Tatiane de Lima dos Santos, de 28 anos, acabou assassinada a golpes de marreta, na frente das crianças.

Esse é um dos 3.044 casos de homicídios registrados em São Paulo em 2022 – ano em que o Estado voltou a ter aumento do crime e bateu recorde de feminicídio.

A violência contra a mulher cresceu no ano de 2022, no primeiro semestre, o Brasil já havia registrado recorde de feminicídio.

De acordo com os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio no primeiro semestre de 2022, média de quatro casos por dia.

Este número é 3,2% maior que o total registrado no primeiro semestre de 2021, quando 677 mulheres foram mortas. Os dados indicam um crescimento contínuo de assassinatos de mulheres cometido em razão do gênero desde 2019.

Em meio à alta de assassinatos, em geral, São Paulo registrou 187 feminicídios em 2022.

Esse é o maior número pelo menos desde 2018, quando os dados do crime passaram a ser divulgados pela Secretaria de Segurança Pública.

Até então, o ano com maior registro de violência contra as mulheres havia sido em 2019. Na ocasião, foram 184 feminicídios no Estado.

Os estupros também subiram. Ao todo, São Paulo notificou 12.615 casos em 2022 – uma alta de 7,2% em comparação com 2021 e o maior índice da última década.

Desde o início da série histórica, só o ano de 2012 teve mais ocorrências: 12.886. Cecília disse que, após se queixar contra as ofensas verbais, quando os meninos estão em grupo, eles se juntam para agressão física: “e às vezes acabam sendo machistas, rudes.”

Em meio ao crescimento ininterrupto da violência letal contra a mulher no período, os recursos investidos pelo governo federal para o enfrentamento à violência têm reduzido drasticamente

A Subprefeitura de Aricanduva, Vila Formosa, Vila Carrão informa que para atendimento e acolhimento a mulheres procure o CREAs

CREAS Mooca
Endereço: Rua Síria, 300
Telefones: 2225-1302 / 2225-1302

CREAS Penha
Endereço: Rua Antonio Taborda, 37
Telefones: 2023-0770 / 2023-0771

CREAS Aricanduva
Endereço: Rua São Constâncio, 457
Telefones: 2268-1793 / 3246-8310 / 3246-8312

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Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

Reportagem Márcia Brasil
Fonte: Subprefeitura de Aricanduva, Vila Formosa, Vila Carrão/ Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
Imagens:

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