A ampliação de obras dos sistemas de galerias em ruas, avenidas e praças aumentaria a capacidade de drenagem de águas pluviais durante o período de chuvas intensas, uma das pŕincipais causas dos alagamentos constantes e prejuízos em toda região metropolitana de São Paulo.

Nos últimos temporais que ocorreram na primeira quinzena de março, estragos foram os principais dramas para usuários das linhas férreas da zona leste e para comerciantes e moradores do bairro Arthur Alvim.

Uma forte chuva no dia 08 de março provocou danos na galeria pluvial que passa por baixo da linha 11-Coral da CPTM entre o Tatuapé e Itaquera e uma grande cratera abriu após ceder a terra.

Empresa contratada pela Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo (SIURB), segundo informou a CPTM realizou concretagem no local. A obra prevista para 45 dias foi antecipada com urgência em quatro dias. Passageiros que sofreram com atrasos e trens lotados puderam optar pelos ônibus disponibilizados pela prefeitura da Paese.

Após o incidente, com o reparo da linha da CPTM, uma forte chuva aconteceu novamente no fim da mesma semana, nos dias 12 e 13 de março, e abriu outro buraco, agora por baixo da linha 3-vermelha do metrô, no mesmo local. Com isso, a prefeitura entrou com obra emergencial e acabou concretando a galeria pluvial de 1,80 metros, bloqueando o escoamento da água da chuva represada no bairro Artur Alvim.

O prejuízo ocasionado pelo alagamento fez com que os comerciantes perdessem toda a mercadoria, como uma banca de jornal, padaria, adega, das mais atingidas pela enchente.

Seu Francisco, dono da banca de jornal, localizada na Praça, relatou que nunca tinha acontecido antes. Segundo ele, o seu ponto funciona no mesmo local há 41 anos. Ele disse que subia um pouquinho a água e baixava logo. “Acontece que aqui é um buraco, na baixada, só que enche, mas é o normal, choveu, parou a chuva e vai embora. Agora não, ameaçou chover e não sai a água, tem que tirar.”

A forte chuva causou outros prejuízos. Carros ficaram submersos, moradores tiveram que subir no telhado, lama e destruição era o que se via . Várias ruas ficaram alagadas, a água invadiu também condomínios de conjuntos habitacionais e lojas tiveram que fechar as portas.

As principais vias prejudicadas foram as avenidas Dr Luís Aires e Padre Sena Freitas na parte mais baixa que afetou a banca de jornal, a panificadora e uma adega.

Moradores do bairro relataram que o alagamento foi provocado pela falta de drenagem das ruas, que estão cheias desde o temporal que atingiu a região no sábado (12). Muitos disseram que demorou muito para baixar a água.

Pela manhã, na terça-feira, ainda tinha lama e comerciantes tentavam limpar. E uma nova chuva alagou tudo novamente. Segundo os comerciantes da padaria e da banca de jornal, foi tudo destruído pela enchente, materiais e estoque.

Equipes da prefeitura limpavam o local, mas foram surpreendidos com a nova chuva que até cobriu uma das máquinas da subprefeitura que ficou submersa.

Quem é da região conta que as enchentes eram comuns, mas a água não subia muito e escoava mais rápido. Mas observavam desde a semana passada que os alagamentos pioraram.

Moradores dizem que é por causa da obra emergencial que a prefeitura fez na região na semana passada para fechar a cratera embaixo dos trilhos da linha férrea.

Segundo a CGE-SP ( Central de Gerenciamento e Emergência da prefeitura de São Paulo), as áreas de instabilidade atingiram todas as regiões da cidade que entraram em estado de atenção para alagamentos no meio do dia. A chegada de frente fria provocaria fortes chuvas no período de 10 a 15 de março.

A subprefeitura da Penha informou que conteve as áreas alagadas no bairro Arthur Alvim, no domingo, dia 13 de março, com o apoio de três caminhões bombas na av. Dr. Luis Aires para drenar o alagamento e jogar toda a água para o canteiro da av. radial leste.

Já a SIURB que trabalhou para normalizar o funcionamento do fluxo de trens, da zona leste, quando realizou a obra de concretagem nos trilhos da CPTM e do Metrô para emergência, avaliou a necessidade de intervenção de uma nova obra de galerias, onde serão ampliados o diâmetro com a instalação de três tubos de 0,80 cm cada, para não causar mais danos à linha férrea e alagamentos no local.

De acordo com a prefeitura, os prejuízos causados aos moradores e comerciantes da região de Artur Alvim, pelas chuvas dos últimos dias, serão solucionados. Seu Evaldo da padaria e o Sr. Francisco foram até a subprefeitura para solicitar a indenização.

Em caso de alagamento e emergências de deslizamento, acione o Corpo de Bombeiros no 193 ou Defesa Civil 199.

REPORTAGEM POR MÁRCIA BRASIL

Fonte: Secretaria de Obras infraestrutura urbana – Siurb / Subprefeitura Penha

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Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

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